Em uma ação conjunta com o governo do Uruguai, o Ministério da Saúde do Brasil promoveu hoje (26) em Sant’Ana do Livramento (RS) – cidade vizinha do município uruguaio de Rivera – o Dia “D” da Campanha de Vacinação nas Fronteiras. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que essa estratégia teve início em maio em todas as cidades que fazem fronteira com países da América do Sul.
“São 33 cidades gêmeas, cidades binacionais e, às vezes, tríplice fronteira, onde habitam mais de 1,3 milhão de brasileiros”, apontou durante a cerimônia de abertura que contou também com autoridades uruguaias e locais.
Notícias relacionadas:Vacina nacional contra a covid-19 inicia testes clínicos.Baixa procura faz Rio prorrogar vacinação de crianças com comorbidades.“O motivo aqui é falar da importância do esquema de vacinação que temos nos nossos países. Durante a pandemia, em alguns países, alguns mais e outros menos, a cobertura da carteira de vacinação baixou”, alertou o ministro de Saúde do Uruguai, Daniel Salinas.
Ele chamou atenção, sobretudo, para a poliomielite. “Não temos casos, mas já está ocorrendo em outros países”, lamentou. Salinas convocou pais, mães e responsáveis a vacinar as crianças. “Temos que ter iniciativa frente a essas doenças e proteger os mais desvalidos e as crianças, que não têm o poder de decisão de se vacinar.”
Em Sant’Ana do Livramento, as vacinas estão disponíveis no Parque Internacional da cidade. Pessoas de todas as idades podem se imunizar com as doses recomendadas, de acordo com o Calendário Nacional de Vacinação. Estão disponíveis as seguintes vacinas: poliomielite, tríplice viral, covid-19, febre amarela e influenza.
“Nós só estaremos seguros quando todos estiverem seguros. não só em relação a doenças que são transmissíveis, mas também a outras doenças, doenças crônicas não transmissíveis que são as principais causas de óbito”, declarou o ministro.
Com a campanha, quem mora na cidade gaúcha ou em Rivera, no Uruguai, pode ter acesso às vacinas em qualquer dos países. “É um esforço conjunto para termos segurança sanitária”, disse Queiroga.
O ministério reforça que a baixa cobertura vacinal nas regiões de fronteira representa um grave risco para à saúde pública. A meta do órgão é atualizar a situação vacinal da população, de todas as faixas etárias, residente nos municípios brasileiros ou estrangeiros que estiverem no Brasil. Esse esforço na fronteira tem como objetivo impedir a reintrodução de doenças imunopreveníveis em território nacional.
A intensificação vacinal na fronteira segue até 16 de dezembro.