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IPCA-15 sobe 0,52% em dezembro e fecha 2022 com alta de 5,9%

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) 15, que funciona como prévia da inflação oficial, fechou 2022 com elevação de 5,9%, após subir 0,52% em dezembro.

O percentual desse ano é mais baixo que o registrado em 2021, quando atingiu 10,42%, o maior para um ano desde 2015. Em dezembro do ano passado, o IPCA-15 tinha sido de 0,78%.

Notícias relacionadas:Mercado financeiro reduz projeção da inflação de 5,79% para 5,76%.Ipea projeta inflação oficial em 4,9% para 2023.Os dados foram divulgados hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentou ainda o resultado do IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente. De outubro a dezembro deste ano, o índice acumulado atingiu 1,21%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete avançaram em dezembro. Os maiores impactos no mês partiram de Transportes (0,85%) e de Alimentação e bebidas (0,69%), com 0,17 ponto percentual (p.p) e 0,15 p.p. respectivamente. A maior variação, no entanto, ficou com o item Vestuário (1,16%), que provocou a maior alta acumulada (18,39%) entre os grupos no fechamento do ano.

O grupo Saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,4%, mas o resultado representa desaceleração em relação a novembro, quando atingiu 0,91%. Já Habitação (0,40%), teve variação semelhante à do mês anterior (0,48%). Artigos de residência tiveram queda de 0,46% e Despesas pessoais alta de 0,39%.

A alta de 0,49% em novembro para 0,85% em dezembro, no grupo dos Transportes, foi causada principalmente pelo reajuste nos preços das passagens aéreas (0,47%), que no mês anterior recuaram quase 10%. Os preços dos combustíveis subiram 1,79% e seguiram em alta, apesar de ter sido abaixo do observado em novembro (2,04%).

O maior impacto individual (0,07 p.p.) ficou por conta da gasolina, que aumentou 1,52%. Já a maior variação entre os combustíveis pesquisados foi o do etanol (5,44%). Óleo diesel (-1,05%) e gás veicular (-1,33%) tiveram queda de preços em dezembro.

Alimentos

O indicador mostrou que o grupo Alimentação e bebidas, ficou no topo da lista dos maiores impactos de 2022 com 2,47 p.p.. No ano, a alta atingiu 11,96%. Os preços dos alimentos para consumo no domicílio avançaram 0,78% na passagem de novembro para dezembro, influenciados pelas altas da cebola (26,18%) e do tomate (19,73%). Nos últimos três meses do ano, as variações acumuladas desses dois produtos foram de 52,74% e 49,84%, respectivamente.

Outras contribuições no mesmo grupo partiram das altas em dezembro dos preços do arroz (2,71%) e das carnes (0,92%). Em movimento contrário, pelo quarto mês consecutivo houve queda nos preços do leite longa vida, dessa vez de 6,10%. Ainda assim, o produto fechou 2022 com aumento de 25,42%. A alimentação fora do domicílio registrou resultado próximo ao de novembro (0,40%). O lanche teve alta de 0,88%, enquanto a refeição subiu 0,28%.

Vestuário

O grupo Vestuário avançou 1,16% e todos os itens pesquisados tiveram alta. As roupas femininas (1,54%) e masculinas (1,47%), ambas com 0,02 p.p foram as maiores contribuições. “O grupo teve alta em todos os meses de 2022, sendo a maior delas em abril (1,97%) e a menor em agosto (0,76%), e foi responsável pelo terceiro maior impacto no ano (0,78 p.p.)”, informou o IBGE.

Entre os principais impactos no ano, a segunda maior contribuição (1,38 p.p.) ficou com o grupo Saúde e cuidados pessoais, que em dezembro subiu 0,40% e no ano 11,24%. De acordo com o indicador, o grupo teve uma desaceleração causada, em grande parte, pelos itens de higiene pessoal, que passaram de alta de 1,76% em novembro para 0,04% em dezembro, próximo da estabilidade.

Outros recuos foram notados nos preços dos produtos para unha (-5,05%), dos perfumes (-1,54%) e dos produtos para pele (-1,39%). Já nas altas, o destaque continua com o plano de saúde (1,21%), que incorpora a fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

Habitação

A principal contribuição no grupo Habitação, foi a energia elétrica residencial (0,87%), com 0,03 p.p de impacto.

“As variações das áreas pesquisadas ficaram entre -0,71% no Rio de Janeiro e 18,78% em Brasília, onde as tarifas por kWh foram reajustadas em 21,54% a partir de 3 de novembro. Em Porto Alegre (1,74%), houve reajuste de 3,62% em uma das concessionárias pesquisadas, em vigor desde 22 de novembro”, relatou o IBGE.

Ainda no grupo Habitação, tem destaque também a alta da taxa de água e esgoto (0,83%), decorrente dos reajustes de 11,82% no Rio de Janeiro (9,00%), em vigor desde 8 de novembro, e de 10,15% em Belém (5,62%), válido desde 28 de novembro.

Em sentido oposto, por causa da redução de 2,47% das tarifas no Rio de Janeiro (-1,41%), aplicada a partir de 1º de novembro, o gás encanado teve queda de 0,45%.

Regiões

Todas as regiões pesquisadas tiveram alta em dezembro. Influenciada pelas altas da gasolina (2,74%), da energia elétrica (4,13%) e do tomate (33,75%), a maior variação foi em Goiânia (0,89%). O menor resultado ocorreu em Salvador (0,36%), onde pesou a queda de 3,5% nos preços da gasolina.

IPCA-15

Para o cálculo do indicador em dezembro, os preços foram coletados no período de 15 de novembro a 13 de dezembro de 2022 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro de 2022 (base).

O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.

“A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica”,informou o IBGE.

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