Manaus – O Amazonas decretou, nesta terça-feira (12), situação de Emergência Ambiental em municípios das regiões Sul do Amazonas e Metropolitana de Manaus sob o impacto negativo do desmatamento ilegal e queimadas não autorizadas. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonas registrou 3.925 focos de queimadas nos primeiros dez dias de setembro. O decreto foi assinado pelo governador Wilson Lima com efeitos pelo prazo de 90 dias.
A Situação de Emergência Ambiental abrange áreas dos municípios de Apuí, Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Canutama, Lábrea, Boca do Acre, Tapauá e Maués, no sul do estado; e Iranduba, Novo Airão, Careiro da Várzea, Rio Preto da Eva, Itacoatiara, Presidente Figueiredo, Manacapuru, Careiro Castanho, Autazes, Silves, Itapiranga, Manaquiri e a própria capital, na Região Metropolitana de Manaus.
O governador Wilson Lima também anunciou R$ 1,1 milhão para remunerar a atuação de 153 brigadistas em nove municípios no combate a focos de queimadas dentro do chamado “arco do desmatamento”, no sul do Amazonas, onde estão os municípios que concentram o maior número de focos de calor.
O projeto é uma cooperação entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), com apoio financeiro da organização Rewild para aquisição de materiais e equipamentos e está previsto para durar sete meses, a partir da data de assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a FAS.
Cada município terá equipes atuando em apoio às ações já em curso, como as Operações Tamoiotatá e Aceiro, por meio da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), que contam, no total, com um efetivo de 339 agentes estaduais e da Força Nacional.
A Sema coordenará a articulação com os demais órgãos públicos para a definição e execução das estratégias de combate ao desmatamento ilegal e de queimadas não autorizadas. Caberá ao Ipaam a coordenação da execução operacional das ações de resposta às ocorrências.
O Corpo de Bombeiros montou uma sala de situação para controle do Painel do Fogo, ferramenta que permite o monitoramento via satélite dos focos de calor. A sala de situação, além do monitoramento, fará o compilado técnico e detalhado dos dados diários de ocorrências de incêndio na capital e interior.
Entre 12 de julho e 11 de setembro, o Corpo de Bombeiros registrou 1.057 focos de incêndio tanto na capital, quanto no interior, sendo 17 apenas no dia de ontem.
Com informações da assessoria