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Adeus a Márcio Souza: Estado decreta luto oficial de três dias no AM

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O governador Wilson Lima decreto luto oficial de três dias no Amazonas devido o falecimento do escritor Márcio Souza, ocorrido na manhã desta segunda-feira (12). O velório do artista será realizado no Palácio Rio Negro, mas ainda não há confirmação do horário.

Em nota oficial, Wilson lamentou a morte de Márcio Souza. “Deixa um imenso e rico legado para a literatura brasileira, sendo um dos grandes nomes da Cultura do Amazonas e do Brasil”, diz a nota oficial.

Nascido em Manaus em 1946, Márcio Souza estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e escreveu grandes obras literárias como Galvez, O Imperador do Acre; A Caligrafia de Deus; Lealdade, pelo qual recebeu o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 1997; e Mad Maria, seu livro de maior destaque e que deu origem à minissérie de mesmo nome, de Benedito Ruy Barbosa, produzida pela TV Globo em 2005.

Márcio Souza também teve destaque como cineasta e dirigiu o filme A Selva. Ele foi, ainda, professor assistente na Universidade de Berkeley e escritor residente nas universidades de Stanford, Austin e Dartmouth, além de ter sido diretor da Biblioteca Nacional e presidente da Funarte. Atualmente, atuava como diretor da Biblioteca Pública do Amazonas e ocupava a cadeira de nº 25 da Academia Amazonense de Letras.

“O governador Wilson Lima se solidariza à família e amigos do escritor e ressalta a importância que Marcio Souza teve para o estado, contando a história do Amazonas e da Amazônia para o mundo com imenso e singular brilhantismo”, finaliza a nota emitida pelo governo do Amazonas.

A Prefeitura de Manaus também emitiu uma nota de pesar pela morte do artista. Leia a nota na íntegra:

O prefeito de Manaus, David Almeida, lamenta com profundo pesar a morte do dramaturgo e romancista Márcio Souza, aos 78 anos, na madrugada desta segunda-feira, 12/8.

“Recebi com muita tristeza a notícia do falecimento do escritor e dramaturgo amazonense. Márcio Souza foi referência na literatura, no cinema e teatro, nas artes em geral, deixando um grande legado de obras. Que Deus conforte o coração de familiares e amigos, na certeza do reencontro no retorno de Jesus Cristo”, disse o prefeito.

Márcio Souza nasceu em Manaus (AM), em 4 de agosto de 1946. Estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Seu primeiro romance data de 1976, “Galvez: imperador do Acre”. Foi autor de mais de 20 livros, dentre eles “História da Amazônia”, “Mad Maria” e “Amazônia Indígena”.

Ocupou também cargos públicos, como a presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte), órgão do governo federal, e do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), em Manaus.

Os senadores Eduardo Braga (MDB) e Plínio Valério (PSDB) também lamentaram o falecimento do escritor em suas redes sociais. Braga, que também era amigo de Márcio Souza, classificou o escritor como “um manauara apaixonado pela Amazônia” que dedicou sua vida “à arte e à cultura, sendo uma voz fundamental na literatura e no teatro brasileiro”.

Plínio Valério afirmou que recebeu a notícia com pesar e que sua contribuição “ao teatro, cinema, literatura e jornalismo é inestimável, e sua partida deixa um vazio irreparável em nossa cultura. Que seu legado continue a inspirar gerações futuras”.

O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Caio André (Podemos), emitiu uma nota de pesar manifestando condolências a família de Márcio Souza pelo falecimento, destacando suas obras renomadas como Galvez e Mad Maria, “além de ter ocupado importantes cargos públicos. O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), deputado Roberto Cidade (União), seguiu o mesmo protocolo e ressaltou que o escritor “nos deixa uma inestimável produção literária, artística e cultural”.

Para A CRÍTICA, o ex-prefeito e atual secretário de Desenvolvimento Econômico Serafim Corrêa (PSB) declarou estar muito triste com o ocorrido e que Márcio Souza foi um dos melhores escritores do país.

“Fomos amigos de infância. Estudamos no Colégio Dom Bosco nos anos 50/60 e depois ele, Djalma e Gualter Batista foram estudar em São Paulo. Retornou nos anos 70 e nos brindou com “Galvez, Imperador do Acre”. Estudioso da Amazônia, com verve irônica singular, ele, sem dúvida, foi um dos melhores escritores brasileiros no final do século XX, início do século XXI. Perdem o Amazonas e o Brasil. Lamento muito a sua perda”, disse.

O velório de Márcio Souza está marcado para as 16h desta segunda-feira no Palácio Rio Negro, na Avenida Sete de Setembro, 1546, Centro de Manaus.

Com informações do portal A Crítica

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