O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Marcus Vinícius Almeida, disse nesta quarta-feira (29) que a Polícia Civil identificou uma “quadrilha organizada” atuando como “flanelinhas” no entorno do Sambódromo, na Avenida Pedro Teixeira, no bairro Flores, zona centro-sul de Manaus.

A investigação começou a partir de uma denúncia feita pelo vereador Rodrigues Guedes, que relatou a cobrança feita por flanelinhas a motoristas que estacionam nas proximidades, especialmente em dias de grandes eventos como jogos de futebol.

O secretário afirmou que as forças de segurança, em colaboração com órgãos municipais e estaduais, elaboram ações para combater a extorsão que incluem valores “exorbitantes” exigidos pelos flanelinhas.

“Não existe interesse de criar uma ‘caça às bruxas’, mas, por exemplo, no caso específico, lá no entorno do Sambódromo, a gente está com a equipe de inteligência trabalhando. E realmente foi detectado que existe uma quadrilha organizada, totalmente organizada, com uso de coletes, uso de cones, uso de gradis. Então, isso vai ser desbaratado”, declarou Vinícius Almeida após reunião com vereadores no início da tarde desta quarta-feira (29).

O secretário também revelou que as quadrilhas atuando no local apresentam “indícios de patrocínios de organizações criminosas”. Ele ressaltou, contudo, que as ações da polícia serão direcionadas para combater essas organizações criminosas e não “cidadãos em situação de vulnerabilidade”.

Estádio e Ponta Negra

A reunião com vereadores e representantes de órgãos estaduais e municipais foi para debater ações de combate à cobrança indevida para estacionar em espaços públicos de Manaus. A polícia vai atuar, inicialmente, no entorno da Arena da Amazônia, área considerada “crítica de gestão estadual” segundo Rodrigues Guedes.

O secretário Alberto de Siqueira Neto, da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social, afirmou que a Ponta Negra e o Centro da cidade também serão alvo de fiscalizações mais intensas.

Nenhuma medida, porém, foi definida no encontro.

Com informações do Amazonas Atual