A Argentina estreou com derrota no Mundial nesta terça-feira (22), durante jogo na Copa do Mundo do Catar. A seleção sul-americana foi surpreendida pela Arábia Saudita, sendo derrotada de virada por 2 a 1, no Estádio Lusail, em Al Daayen. Lionel Messi, de pênalti, fez para os argentinos. Al-Shehri e Salem Al-Dawsari marcaram para os sauditas. Esta foi somente a quarta vitória dos árabes na história dos Mundiais.
Com a derrota, a Argentina encerra uma sequência de 36 jogos de invencibilidade, perdendo a chance de igualar o recorde da Itália, que não está no Catar. Os sul-americanos não perdiam uma estreia de Copa desde 1990. O time argentino começa em situação difícil no Grupo C, que conta ainda com México e Polônia. O próximo compromisso dos “hermanos” será contra os mexicanos, no sábado, às 16h (horário de Brasília), novamente em Lusail.
Como era de se esperar, a Argentina começou controlando as ações da partida e não demorou para encontrar o gol. Logo aos seis minutos, Messi cobrou escanteio e Paredes caiu na área após se enroscar com o defensor. O árbitro foi chamado para analisar o lance no VAR e assinalou o pênalti. O camisa 10 cobrou com categoria, deslocando o goleiro, e abriu o placar. Foi o gol de número 92 do craque pela Argentina, maior artilheiro da história da seleção de seu país. Ele também iguala Pelé, Uwe Seeler, Klose e Cristiano Ronaldo ao marcar em quatro Copas diferentes. O Catar é seu quinto Mundial.
Com a vantagem, a Argentina se sentiu à vontade para tocar a bola, achando muito espaço na defesa adversária. O que se viu nos minutos seguintes foi um show de gols anulados. Aos 21, Messi recebeu lançamento na cara do goleiro e chapou com categoria, mas o lance foi anulado pelo bandeirinha. Cinco minutos depois, Gómez deixou Lautaro sozinho com o arqueiro adversário. O atacante mandou de cavadinha para o fundo das redes, mas o VAR anulou o que seria o segundo gol argentino.
O lance mais bonito da partida aconteceu aos 35. Messi tocou em profundidade para Lautaro, que driblou o goleiro com habilidade e tocou para o gol. Antes mesmo de comemorar, o jogador olhou para o auxiliar, que levantou a bandeira e anulou o lance. O juiz apitou o fim da primeira etapa sem a Arábia Saudita dar ao menos um chute ao gol. Parecia vitória segura de uma dos candidatos ao título no Catar.
Os gols invalidados no primeiro tempo fizeram falta para a Argentina na etapa final. A Arábia Saudita voltou a todo vapor e empatou logo no primeiro ataque. Al-Shehri recebeu na esquerda e bateu cruzado, acertando o canto Emiliano Martínez. Os argentinos sentiram o gol e sofreram a virada poucos minutos depois. Al-Daswari fez boa jogada na esquerda e acertou o ângulo, colocando a seleção árabe na frente do placar. A torcida argentina no estádio, em maior número, não acreditava no que estava vendo.
Com cara de poucos amigos à beira do gramado, o técnico Lionel Scaloni fez três substituições logo após a virada saudita, cada uma em um setor diferente do campo. Entre as alterações, colocou os jovens Enzo Fernández e Julian Álvarez, revelados por Marcelo Gallardo no River Plate. Mesmo com as mexidas, a Argentina pouco assustou e começou a jogar contra o relógio para reverter o resultado.
Visivelmente impacientes, o time de Messi não conseguiu desenvolver jogadas, esbarrando na bravura do time saudita, que disputava cada lance com muito ímpeto. A jogada de maior perigo dos argentinos veio somente aos 36, quando Di María cruzou e Messi, livre, cabeceou nas mãos do goleiro, que foi um dos melhores da partida. A Argentina insistiu muito com enfiadas de bola pela direita, mas com Di María apagado, poucas vezes teve êxito no último passe.
Na reta final, os árabes aumentaram o número de jogadores na defesa e abusaram dos cartões amarelos. Antes do apito final, um lance preocupante. Após bola levanta na área, o goleiro Al-Owais acertou o joelho no rosto de Al-Shahrani, que caiu desacordado. Ele deixou o campo de maca e foi substituído. Com pouco tempo no relógio, a Argentina não teve tempo para reagir e saiu de campo derrotada. O time abusou das bolas levan
