Entidades da indústria e comércio do Amazonas lamentaram a morte do empresário e ex-combatente da 2ª Guerra Mundial, Mário Guerreiro, aos 103 anos, ocorrida na tarde de quinta-feira (15) em Manaus. Guerreiro foi pioneiro da industrialização das fibras na Amazônia e um dos 160 amazonenses que foram para a Itália participar do maior conflito armado da história.
Em nota, a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), por meio do presidente Antônio Silva, expressou condolências pelo falecimento de Mário Guerreiro e destacou a rica trajetória no empreendedorismo, na indústria e no comércio amazonense.
Velório
Amigos e familiares de Mário Guerreiro se reuniram na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, localizada no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul de Manaus, para prestar as últimas homenagens. Filha do empresário, Ana Guerreiro exaltou a memória do pai.
Morte
Conforme Juliana Guerreiro Monteiro de Paula, neta de Mário Guerreiro, ele morreu às 16h55 de causas naturais, na casa onde morava com a família na capital do Amazonas. “Ele foi guerreiro no nome e na vida”, disse.
Guerreiro nasceu em Manaus, mais precisamente no bairro Villa Municipal (atual Adrianópolis), no sítio de sua avó. Seu pai era contador do extinto jornal Correio do Norte e faleceu quando Mário tinha 10 anos, sendo criado pela mãe e tia.
No dia 22 de setembro de 1944, ele embarcou para o teatro de operações da Itália para lutar na Segunda Guerra Mundial. Ele voltou ao Brasil em 1945, e voltou a trabalhar em São Paulo, na mesma empresa em que atuava antes da guerra.
Como empresário, Mário Guerreiro foi considerado pioneiro na industrialização na Amazônia, em 1951 fundou, juntamente com Adalberto Valle, a Brasiljuta, a maior empresa do setor nas Américas.
Em 2021, aos 100 anos de idade, Mário Guerreiro venceu a Covid-19, após passar 40 dias internado com a doença.
O empresário deixa oito filhos, 12 netos, 22 bisnetos e dois tataranetos.
Com informações do g1 Amazonas