28.3 C
Manaus
InícioSaúdePesquisa revela que covid-19 pode permanecer por longo tempo

Pesquisa revela que covid-19 pode permanecer por longo tempo

Publicado em

 

 

Uma pesquisa realizada com brasileiros revela que quase 60% das pessoas que contraíram covid-19 desenvolveram a doença por longo tempo, com sintomas que permaneceram pelo menos por três meses após a fase aguda. Realizado pela Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo usou um questionário online destinado a pessoas que tinham contraído a doença. Para a análise, foram considerados 1.230 participantes que apresentaram  diagnóstico de covid-19 confirmado por teste PCR.

 

Deste total, 720 pessoas mantiveram sintomas por três meses, ou mais, e 496 disseram que não estavam totalmente recuperados no momento da pesquisa. Os efeitos prolongados da doença foram mais frequentes entre os não vacinados.  Além disso, mais de 80% das pessoas com covid-19 longa demandaram serviços de saúde por causa da persistência dos sintomas.

 

Fadiga, ansiedade, perda de memória e queda de cabelo foram alguns dos principais sintomas apontados. Foram citados mais de 50 sintomas persistentes, agrupados em dez categorias: cardiovasculares/coagulação, dermatológicos, endócrino-metabólicos, gastrointestinais, músculoesqueléticos, renais, respiratórios, neurológicos e de saúde mental, além de sintomas gerais, como dor e tontura.

 

Notícias relacionadas:Maior parte do país mantém queda da Síndrome Respiratória Grave.Ministério da Saúde recebe 1,8 milhão de doses da CoronaVac .CTNBio aprova biossegurança de vacina contra a dengue.Os resultados do estudo foram publicados em janeiro. Entre os pesquisadores que assinam a nota técnica, estão Claudio Maierovitch, Vaneide Pedi, Erica Tatiane da Silva e Mariana Verotti, da Fiocruz Brasília, além de Rafael Moreira e Marcos Pedrosa, da Fiocruz Pernambuco. A publicação analisa os sintomas da covid-19 longa no Brasil e o acesso ao diagnóstico e ao tratamento.

 

“A falta de dados inviabiliza o desenho de estratégias para alertar a população sobre os riscos de desenvolver esta forma de covid-19 e de serviços de assistência para atender às pessoas que sofrem de sequelas prolongadas”, diz a equipe técnica responsável pela pesquisa.

 

O objetivo do estudo foi justamente contribuir para o preenchimento das lacunas desses dados. Protocolos de monitoramento de pacientes com sequelas persistentes, investimentos em atividades de reabilitação com abordagem multidisciplinar e atenção especial à covid-19 longa nas populações mais socialmente vulnerabilizadas estão entre as recomendações do documento.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10% a 20% dos pacientes considerados livres do Sars-CoV-2 e da doença aguda podem apresentar covid-19 longa, isto é, entre 2,8 milhões e 5,6 milhões de brasileiros poderão precisar de cuidados de saúde por sofrer desta forma da doença. Tal condição refere-se a uma variedade de sintomas que permanecem ou até aparecem pela primeira vez até três meses após a infecção por Sars-Cov-2, sintomas que não podem ser explicados por outros motivos e que trazem prejuízos à saúde e à qualidade de vida.

 

Embora o mecanismo exato que leva à covid-19 longa ainda seja desconhecido, acredita-se que a doença esteja associada ao processo inflamatório causado pelo vírus, que começa no pulmão e se espalha para outros órgãos e tecidos. Apesar de mais frequentemente observada em idosos, mulheres e pacientes graves na fase aguda, a covid longa pode se manifestar em qualquer pessoa.

 

O tratamento varia conforme os sintomas apresentados, e o desfecho depende de fatores como a gravidade desses sintomas, a existência de outras doenças crônicas e o acesso ao cuidado e à reabilitação. “Estudo recente sugere que as vacinas e, principalmente, as doses de reforço, podem amenizar o quadro ou diminuir as chances de desenvolver a covid-19 longa”, destaca a nota técnica, reforçando que a população deve ser informada sobre a importância de evitar infecções sucessivas e sobre os riscos de desenvolver sequelas.

 

Notícias recentes

Homem é preso por abuso sexual contra sobrinho em tonantins, no Amazonas

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 54ª Delegacia Interativa de Polícia...

Petrobras reduz preço do diesel em R$ 0,12 para distribuidoras

A Petrobras anuncia que reduzirá, a partir desta sexta-feira (18), em R$ 0,12 por...

Abril Indígena Valer: Duhigó, Paulo Desana e Ytanajé Cardoso são os convidados da Roda de Conversa, neste sábado (19)

Para marcar o Dia dos Povos Originários, a editora Valer traz para a Roda...

Wilson Lima anuncia reajuste de 9,41% para servidores da Segurança Pública do Estado

O governador Wilson Lima anunciou, nesta quarta-feira (16/04), o reajuste salarial de 9,41%, somando...

leia mais

Homem é preso por abuso sexual contra sobrinho em tonantins, no Amazonas

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 54ª Delegacia Interativa de Polícia...

Petrobras reduz preço do diesel em R$ 0,12 para distribuidoras

A Petrobras anuncia que reduzirá, a partir desta sexta-feira (18), em R$ 0,12 por...

Abril Indígena Valer: Duhigó, Paulo Desana e Ytanajé Cardoso são os convidados da Roda de Conversa, neste sábado (19)

Para marcar o Dia dos Povos Originários, a editora Valer traz para a Roda...