As primeiras horas de votação neste segundo turno estão tranquilas até o momento, segundo balanço divulgado na manhã deste domingo (30) de eleições pela organização da sociedade civil Transparência Eleitoral Brasil (TE Brasil).
Segundo a entidade, que conta com 87 observadores acompanhando seções eleitorais em mais de 40 cidades localizadas em 15 estados e no exterior, a “grande maioria” das mesas foi aberta dentro do horário estipulado (8h). “Nenhuma foi aberta depois das 8h30, e, em todos os casos, foi emitida a zerésima”, informou a coordenadora-geral da TE Brasil, Ana Cláudia Santano.
O balanço acrescenta que, até as 9h30, havia ocorrência de filas, mas em menor intensidade do que no primeiro turno. A entidade contabilizou que “77% das seções observadas relataram filas que sugerem um fluxo dinâmico de voto”, e que, em quatro países observados, também foram observadas filas, “ainda que diversas providências tenham sido tomadas pelos consulados, como maior organização interna nos centros de votação”.
Onde votar
A presença de mesários também está de acordo com o esperado. “Sobre informação do local de votação, em 95% dos casos observados o eleitor ou eleitora demonstra ter informação suficiente sobre onde votar”, detalha o levantamento.
A entidade acrescenta que a “larga maioria das urnas está instalada em locais que preservam o sigilo dos votos” e os eleitores têm “plena informação de como votar, não tendo sido identificados elementos que pudessem indicar problemas para a emissão do voto”.
No entanto, houve quatro relatos de posicionamento de urnas que não garantiriam “totalmente” o segredo de voto. Os observadores informaram, ainda, não terem testemunhado, nos equipamentos de votação, problemas que pudessem, de alguma forma, comprometer a integridade da eleição.
“Foram reportados quatro casos em que as urnas apresentaram problemas. Em um deles foi necessário reimprimir a zerézima, documento que atesta que a urna não contém nenhum voto antes do início da votação; e nos outros três houve problemas com o teste do teclado”, informa a coordenação da TE Brasil.
Segundo a entidade, em dois deles, após reiniciar a urna, o equipamento voltou a funcionar normalmente. Em outro, foi necessária a intervenção de um técnico da Justiça Eleitoral. “Após procedimentos técnicos, a urna também voltou a funcionar, e em nenhum dos casos relatados foi necessária a substituição da urna pelas [urnas] de contingência”, esclareceu.
Fiscais de partido
A TE Brasil verificou “aumento de circulação e de presença de fiscais de partido, inclusive no exterior”. “Por outro lado, foi relatado somente um caso de impedimento de observação a pedido de um fiscal de partido, situação que foi controlada com a assistência do presidente de mesa”, complementou.
A Transparência Eleitoral pede aos eleitores que, caso seja identificada qualquer irregularidade no pleito, façam a denúncia.
“Reforçamos o convite para que os eleitores denunciem toda e qualquer situação que possa colocar em risco a normalidade e a regularidade das eleições brasileiras, como compra de voto, desinformação, disparos em massa, falta de acessibilidade nos locais de votação, propaganda eleitoral irregular e violência política”. As denúncias podem ser feitas pelo site.