Em depoimento prestado à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, preso acusado de planejar um atentado na capital, confessou que pretendia distribuir armas e munições para os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que estão acampados em frente ao Quartel-General do Exército (QG).
George foi preso por investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), na noite desse sábado (24/12), depois de tentar explodir uma bomba na área do Aeroporto Internacional de Brasília. O empresário é morador do Pará e decidiu, ao término do segundo turno das eleições de 2022, deixar a mulher e os filhos na terra natal para vir a Brasília integrar o grupo que protesta contra a contra a eleição de Lula (PT). No Pará, ele já participava de manifestos semelhantes, mas teria vindo ao DF na intenção de fortalecer o movimento.
O empresário viajou em uma caminhonete e trouxe armas, munições e artefatos explosivos no interior do veículo, segundo a Polícia Civil. George chegou na capital em 12 de novembro e ficou hospedado por um tempo em um hotel da área central. Depois, alugou um imóvel por meio de uma plataforma de serviço on-line para acomodações e hospedagem.
Atentado
Na tarde deste sábado, o Esquadrão de Bombas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) conseguiu desativar um artefato explosivo encontrado próximo ao Aeroporto de Brasília, por volta de 13h20.
O material explosivo foi encontrado dentro de uma caixa por funcionários da Inframérica por volta de 7h45, após um caminhão ter deixado a caixa na via pública, ainda pela madrugada. Os funcionários interditaram parte da pista com cones, e esperaram os policiais militares chegarem.