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Empresas cobram até R$ 32 mil para transportar mercadorias para Manaus, que vive seca recorde

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A seca no Amazonas tem feito com que empresários paguem até R$ 32 mil para transportar contêineres com mercadorias até Manaus. O valor é mais que o dobro do montante cobrado durante a seca do ano passado e tem elevado o preço dos produtos comercializados na cidade.

Neste ano, o Amazonas vive um cenário ambiental crítico devido à combinação de seca dos rios e queimadas. Todas as calhas dos rios que banham o estado estão em situação crítica de vazante. Só em Manaus, a seca mudou o cenário da cidade, que vive a pior seca do Rio Negro em mais de 120 anos. Além da capital, todos os demais 61 municípios do Amazonas enfrentam um cenário crítico.

Em todo o estado, mais de 800 mil pessoas estão sendo impactadas pelo fenômeno.

Conhecido por suas águas escuras e com quase 1,7 mil quilômetros de extensão, o Rio Negro é um dos principais afluentes do Rio Amazonas e banha a capital do estado. No final de outubro do ano passado, o rio voltou a encher, mantendo um crescimento lento e constante. No dia 17 de junho deste ano, as águas pararam de subir e começou o período de vazante.

Por conta da previsão de mais uma seca recorde em 2024, os dois portos da capital montaram terminais fluviais no meio do Rio Amazonas, em Itacoatiara. Os navios descarregam as mercadorias em balsas que, por serem menores e mais leves, conseguem navegar por trechos críticos do Rio Negro e levar para Manaus alimentos e insumos para indústria.

Mas essa ação tem um custo. A chamada taxa da pouca água é cobrada temporariamente por transportadoras de cargas em contêineres, quando os rios no Amazonas estão extremamente secos e as condições de navegabilidade exigem adaptações.

Durante essa época, as empresas são obrigadas a reduzir o tamanho e o peso dos navios utilizados. A taxa é utilizada pelas empresas para compensar as perdas com a limitação de cargas.

Com informações do g1 Amazonas
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