Formado no curso de eletrônica automotiva pela Fatec (Faculdade de Tecnologia) de Santo André, no ABC paulista, Felipe Coutinho, de 28 anos, conquistou uma vaga de emprego na Alemanha.
Trabalhando na empresa Continental em Munique, no estado da Baviera, ele explica que não estava esperando essa oportunidade e que tinha outros planos. “Já estava trabalhando em Portugal quando recebi a proposta pelo LinkedIn. Eu nem lembrava que tinha feito a inscrição para a vaga. Foi uma sensação incrível. Tudo o que eu fiz quando estava na faculdade valeu a pena.”
Felipe trabalha na averiguação e validação do desempenho de carros, que inclui fazer testes em campo de prova para saber se o modelo está de acordo com o projeto inicial.
“Hoje eu sou um engenheiro de teste. Eu trabalho em um projeto da Mercedes-Benz no qual são desenvolvidas algumas funções para o carro funcionar de maneira autônoma, ou seja, para dirigir sozinho”, conta Felipe.
O brasileiro diz que quando era criança sonhava com uma carreira de piloto de Fórmula 1 e comemora poder trabalhar dirigindo carros em uma pista: “Isso é maravilhoso”.
A conquista de trabalhar na Alemanha é resultado do tempo que Felipe dedicou aos livros e às aulas.
“Na época da faculdade, eu não era o mais inteligente, mas anotava todo o conteúdo passado em aula e quando chegava em casa revisava. Eu procurava entender o porquê; quando conseguia entender se tornava mais fácil a matéria ou a pesquisa que os professores passavam”, lembra.
Ele explica que, apesar das dificuldades, vale a pena se esforçar.
“Lembro que fazíamos um grupo de estudos para tirar dúvidas. Confesso que já peguei algumas DPs [dependências], porque tinha dificuldade em algumas matérias, e quando isso acontecia ficava chateado como qualquer outro aluno, mas não desisti. Recuperei as notas e continuei seguindo em frente”, diz Felipe. “Acho que, quando você se dedica há algo que gosta ou tem prazer, os resultados podem ser surpreendentes.”