Após nove meses no campo positivo, a prévia da inflação teve deflação de 0,07% em julho. Houve queda de 0,11 ponto percentual em relação à taxa do mês anterior (0,04%). O principal impacto para esse resultado veio da retração nos preços da energia elétrica residencial (-3,45%), após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho.
No ano, há alta acumulada de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%.
Além da energia elétrica residencial, a queda nos preços do botijão de gás (-2,10%) também influenciou a retração do grupo habitação (-0,94%), um dos que mais impactaram o índice geral. Já a taxa de água de esgoto (0,20%) está entre os itens que subiram.
“Entre os grupos analisados pela pesquisa, a outra maior influência sobre o índice geral veio de Alimentação e bebidas (-0,40%), cujo resultado é relacionado à deflação de alimentação no domicílio (-0,72%). Entre os alimentos com preços em queda, destacam-se o feijão-carioca (-10,20%), o óleo de soja (-6,14%), o leite longa vida (-2,50%) e as carnes (-2,42%). Por outro lado, a batata-inglesa (10,25%) e o alho (3,74%) ficaram mais caros neste mês”, diz o IBGE.
Com a alta mais intensa do lanche (0,34% em junho para 1,02% em julho), a alimentação fora do domicílio (0,46%) acelerou em relação ao mês anterior (0,29%). Já a refeição (0,17%) desacelerou na mesma comparação (0,28%).
Entre as altas, o destaque foi o grupo de Transportes (0,63%). O avanço é explicado pelo aumento nos preços da gasolina (2,99%), que teve o maior impacto positivo (0,14 p.p.) entre os subitens pesquisados. O gás veicular também subiu (0,06%), enquanto o óleo diesel (-3,48%) e etanol (-0,70%) tiveram deflação. Com esses resultados, os combustíveis tiveram alta de 2,28% em julho.
Ainda em Transportes, houve alta de 4,70% nos preços das passagens aéreas, que já haviam subido 10,70% em junho. Do lado das quedas, destacam-se o automóvel novo (-2,34%) e o automóvel usado (-1,05%), além do ônibus urbano (-0,72%).
Edição: Maria Claudia