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Legado de Amazonino Mendes é lembrado na Assembleia Legislativa do Amazonas nesta segunda-feira, 13

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A Sessão desta segunda-feira (13), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam),  foi marcada por discursos dos deputados estaduais lamentando o falecimento do ex-governador Amazonino Mendes e exaltando sua trajetória política no estado. Amazonino morreu no último domingo, em São Paulo, aos 83 anos. Durante a 4ª Sessão Ordinária da 20ª Legislatura, que é compensatória do dia 23, os parlamentares estaduais se uniram e assinaram em bloco a Moção de Pesar pela passagem do político amazonense.

Durante seu discurso, o deputado Cabo Maciel (PL), solidarizou-se com a família de Amazonino e enalteceu a história do ex-governador. “Dentre centenas de obras que beneficiaram o Amazonas, uma das maiores conquistas foi a criação da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O Brasil e o Amazonas perderam um grande político”, comentou.

Em sua fala, o deputado João Luiz (Republicanos) afirmou ser uma perda irreparável. O parlamentar avaliou que ele (Amazonino) deixa um grande legado ao estado. “Tivemos muitos diálogos e aprendi muito com ele, que deixa a história; ensinamentos e luta pelos ribeirinhos e agricultores do estado”, lamentou.

O parlamentar republicano convidou os demais deputados a elaborarem um Projeto de Resolução Legislativa criando a Medalha Amazonino Mendes, na Aleam, que será concedida às pessoas que se destacarem no meio político e privado, pelos bons serviços prestados em prol da sociedade amazonense.

“Não poderia deixar de manifestar o meu pesar pelo falecimento daquele que foi um dos maiores líderes políticos do Amazonas, o ex-governador Amazonino Mendes. A política se despediu de um grande homem que fez muito pelo Amazonas. Entre as obras que fazem parte de seu legado, quero mencionar o Pólo Graneleiro de Itacoatiara; a criação da Companhia do Gás (Cigás), e talvez o mais importante, que ficará para a história, a criação da UEA, que desde 2001 oportuniza a jovens amazonenses a terem acesso a um ensino superior de qualidade”, sintetizou o deputado Dr. George Lins (União Brasil).

Ao se pronunciar, o deputado Wilker Barreto (Cidadania) lembrou que iniciou sua vida política aprendendo com o ex-governador. O parlamentar recordou que foi seu vice-líder na Câmara Municipal, quando teve a oportunidade de apoiá-lo em candidaturas e também de divergir. “É inegável o aprendizado que tínhamos com ele. O que existe hoje de infraestrutura no Amazonas passou pelas suas mãos; na saúde; cultura; desenvolvimento e UEA, seu grande marco, pois a educação é o caminho para o desenvolvimento”, asseverou.

A deputada Alessandra Campêlo (PSC) usou a tribuna para se unir aos colegas e lembrou de quando era líder estudantil e conheceu o então governador. “Organizávamos muitos protestos e era natural que estivéssemos em lados opostos, mas sempre de forma respeitosa. Vezes batendo de frente, vezes solicitando apoio. Já como parlamentar, no meu primeiro mandato, quando foi governador-tampão, tivemos divergências e convergências”, disse. A parlamentar completou que o político esteve à frente do seu tempo quando criou a UEA. “Tem um pouco do Amazonino em cada estudante da Universidade, em engenheiros, pedagogos, advogados, médicos etc”, lembrou. Ela acrescentou ainda a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas  (Fapeam) como outro importante legado do ex-governador.

Em seu discurso, o deputado Rozenha (PMB) avaliou que Amazonino Mendes era um ser humano, que nasceu predestinado a cumprir missões que somente os iluminados podem cumprir. “Missão não se escolhe, missão se cumpre. O Amazonas perdeu uma referência de um homem vocacionado. Enquanto a UEA, a Vila Olímpica, a Ponta Negra, as Escolas de Tempo Integral, o Hospital de Medicina Tropical existirem, entre tantos outros, o ex-governador será lembrado por todos”, afirmou.

 

Biografia

Nascido em Eirunepé (distante 1.166 km de Manaus em linha reta), Amazonino Armando Mendes governou o Amazonas em quatro períodos diferentes: 1987/1990, 1995/1998, 1999/2002 e 2017/2019, este último, mandato tampão, após uma eleição suplementar realizada devido à cassação da chapa vitoriosa em 2014. Ele também foi prefeito de Manaus por três mandatos e senador pelo Estado.

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