Morreu neste sábado (2) o indígena venezuelano Rolando Garcia Martinez, de 52 anos, baleado durante um confronto entre manifestantes e militares, na fronteira do Brasil com a Venezuela. Segundo a Secretaria de Saúde de Roraima, essa é a segunda morte decorrente do conflito, em 22 de janeiro, após o bloqueio militar na região fronteiriça para impedir a entrada de medicamentos e ajuda humanitária.
Martinez encontrava-se em estado grave e respirava com a ajuda de aparelhos, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Roraima.
A primeira morte, de Kliver Alfredo Pérez Rivero, de 24 anos, foi comunicado pelo governo roraimense na última quarta-feira (27). O jovem morreu de falência múltipla de órgãos, devido a complicações provocadas pelos ferimentos. A pasta informa também que 19 indígenas feridos no confronto ainda estão internados, todos em um quadro de saúde estável.
O conflito ocorreu a 60 quilômetros da fronteira, na comunidade indígena da etnia Pemon. O conflito teve início quando os indígenas tentaram desobstruir a via, impedida pelos militares venezuelanos.