Segundo Aurélio Alves, amigo íntimo ouvido pelo Estadão, Michelle Mibow investigava as tonturas, desmaios e enjoos que sentira antes de passar mal e morrer na segunda-feira, 7. Segundo amigo íntimo da sambista, ela fazia exames para detectar se tinha alguma doença. Quando foi ao médico, ele apenas passou um remédio para labirintite.
A fonte também disse que a necrópsia, feita no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, constatou que ela já tinha sofrido um primeiro AVC, por isso sentia constantes tonturas, desmaios e enjoos. Para o amigo, eram as sequelas do primeiro acidente vascular cerebral.
Ele reiterou que Michelle tentava agendar consultas médicas, mas não conseguiam vaga. “Sempre demorava. Iríamos em uma consulta com o neurologista, para pedir uma ressonância porque na tomografia não apareceu nada”, disse.
Michelle estava conversando com a mãe, Dona Teresa, pelo telefone quando passou mal. Como ela ficou sem responder, ela foi ver o que tinha acontecido e encontrou a passista caída no chão. Logo em seguida chegou o seu marido, Sergio Vieira, que é bombeiro, e tentou reanimá-la.
Quem era Michelle Mibow
Michelle era bailarina e coreógrafa e, durante sua carreira no carnaval santista, foi Rainha de Bateria da Escola de Samba União Imperial e também rainha do carnaval pela Verde e Rosa. No litoral paulista, a passista começou sua carreira quando foi coroada rainha do carnaval santista, em 2007, e depois Rainha do carnaval de São Vicente, em 2017.
Já na capital paulista, Michelle recebeu o título de Princesa da Escola de Samba Vila Maria e foi Musa da Águia de Ouro, duas das mais tradicionais agremiações do carnaval de São Paulo.
Em 2013, ela ficou ainda mais conhecida, pois chegou a ser finalista do concurso Musa do Caldeirão do Huck, apresentado por Luciano Huck, na TV Globo. Já em 2019, recebeu o prêmio Estandarte Santista, que tem como finalidade a valorização dos destaques do carnaval de Santos.