Agentes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em conjunto com Ibama e Polícia Federal, deflagraram a Operação Serra Azul. A ação ocorreu na Floresta Nacional de Mulata, no Pará, e em seu entorno.
O objetivo foi o de apurar denúncias de desmatamento ilegal, garimpo e grilagem de terra. Como resultado, os agentes lavraram quatro autos de embargo de áreas desmatadas ilegalmente no interior da UC e o fechamento de um garimpo ilegal que estava a 10km da unidade de conservação. Neste garimpo, os agentes destruíram uma pá carregadeira, motores e acampamentos usados pelos infratores.
Por que o ICMBio destroi equipamentos em garimpo
Os equipamentos usados em garimpos,via de regra, podem ser destinados para doação do Poder Público. No entanto, a retirada de máquinas maiores como tratores, retroescavadeiras, helicópteros, motores e carros pode ameaçar a vida dos fiscais e policiais que estão em campo. Isto porque exigem logística de retirada, o que demanda tempo. Quanto mais os agentes permanecem em campo, maior o risco de exposição à emboscadas e confrontos.
A destruição de equipamentos também ocorre para cessar o dano ambiental. Se os agentes deixam as máquinas intactas em campo, há a possibilidade de que os infratores resgatem os equipamentos e continuem a causar danos à vegetação. Neste caso, o garimpo ou a área desmatada não é efetivamente desativada. Por fim, é comum que os infratores façam modificações que comprometem a segurança de quem está operando um equipamento, além de não submeter os veículos à revisões e outros procedimentos que garantam a segurança. Isto é ainda mais grave no caso de aeronaves, cujo estado de conservação pode submeter a vida do piloto e da tripulação a riscos desnecessários.