O padre Paulo Araújo da Silva, preso suspeito de abusar sexualmente de crianças e adolescentes em Coari, interior do Amazonas, possuía mais de 200 gravações em vídeos dos atos. A informação foi repassada pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (2).
Paulo foi preso no último dia 18, após uma das vítimas denunciar o crime à polícia. A jovem, de 17 anos, teria engravidado do padre, que a obrigou a abortar o feto, enterrado pelo próprio religioso no quintal de uma residência.
De acordo com o delegado titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, José Barradas, as imagens foram encontradas a partir de analises no computador e celular do padre. Os vídeos eram gravados pelo próprio padre, sem o consentimento das vítimas.
Ainda segundo a autoridade policial, as investigações apontam para a existência de uma rede de pedofilia liderada pelo padre e que envolve participação de outras pessoas.
Na sexta-feira (30), a funcionária da paróquia Lorena Marques, de 24 anos, foi presa na Zona Rural de Coari, suspeita de ser a responsável por aliciar jovens da igreja para que o padre cometesse os abusos. Ela vai responder por exploração sexual infantil e associação criminosa.
Além dela, um homem de 34 anos também foi preso. Ele teria fornecido o medicamento abortivo ao padre e o ajudado a enterrar o feto de uma das vítimas no quintal da própria casa.