Amazonas – Fortalecendo ações de prevenção contra a raiva no Amazonas, foram realizadas as capturas de morcegos em comunidades ribeirinhas e indígenas, onde há registro de agressões tanto em humanos como em animais – como cães, além de bovinos e equinos. A atividade ocorreu por meio da Gerência de Zoonoses do Departamento de Vigilância Ambiental (DVA).
O objetivo das equipes da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) nos municípios é realizar a captura do maior número dos mamíferos nessas áreas onde foram registrados os casos de agressões de morcegos a animais.
Entre os meses de junho e setembro de 2023, os quatro municípios do Amazonas que receberam a visita dos técnicos foram: Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Coari e Presidente Figueiredo. Está prevista, para o mês de outubro, uma visita ao município de Maraã (a 634 quilômetros de Manaus). Não houve registro de casos de raiva humana nessas cidades. Em caso de diagnóstico positivo, a FVS-RCP destaca que é de extrema importância a vacinação da população de cães e gatos.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que o controle de morcegos hematófagos desempenha papel crucial na prevenção da raiva humana. “Ao implementar medidas de controle, como a captura e monitoramento desses morcegos, é possível reduzir significativamente o risco de transmissão da raiva para seres humanos”, disse.
O gerente de zoonoses no DVA na FVS-RCP, Deugles Cardoso, destacou que essas visitas técnicas possibilitam o controle na ocorrência dos casos de raiva relacionados a ataques por morcegos hematófagos e, dessa forma, identificar possíveis casos para ações fortalecidas de prevenção.
“Esse contato local dos técnicos responsáveis em cada município é de extrema importância para o controle fundamental, que implica na diminuição da probabilidade de ataques a humanos e consequentemente a transmissão da raiva”, enfatiza Deugles.
Morcegos hematófagos
A espécie de morcegos hematófagos (Desmodus rotundus) se diferencia de outras por se alimentarem de sangue, podendo espoliar (se alimentar de sangue) tanto animais, quanto humanos, o que gera o risco de transmissão do vírus da raiva por meio da saliva.
Com informações da assessoria