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Suspeitos de roubos e da morte do PM Camacho são presos em Manaus

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Três integrantes de um grupo criminoso, apontados como autores de roubos a residências, foram presos pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Dois deles têm participação na morte do policial militar Afonso Camacho Dias, ocorrida em 2015. Após a morte do PM, uma onda de assassinatos em série resultou na morte de 36 pessoas em Manaus.

As prisões ocorreram durante uma operação policial do 13º Distrito Integrado de Polícia (DIP), com apoio do 15º DIP. Conforme o delegado Cícero Túlio, titular do 13º DIP, em um dos roubos, ocorrido no final de janeiro, duas mulheres e uma criança foram mantidas reféns por 12 horas, sendo torturadas para realização de transferências bancárias.

Morte sargento Camacho

De acordo com o Ministério Público Estadual (MP), por volta das 14h57, do dia 17 de julho de 2015, na Avenida Leopoldo Peres, bairro Educandos, no estacionamento de uma agência bancária, o sargento da PM Afonso Camacho Dias foi atingido com diversos tiros. Ele havia acabado de sacar a quantia de R$ 59.720 na agência. A quadrilha levou do sargento o dinheiro, uma pistola e um aparelho celular.

O sargento foi morto em uma emboscada, pois, de acordo com as testemunhas, a quadrilha obteve informação de que ele efetuava saques em dinheiro para um empresário no banco do Educandos de forma rotineira.

Poucos dias após a morte do sargento, ao menos 23 homicídios foram registrados em Manaus, numa série de assassinatos considerada ação de represália à morte do PM. O Ministério Público chegou a conclusão que 15 policiais militares teriam participação nas mortes.

Condenação de quadrilha

Em 2016, a titular da 5ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), juíza Andréa Jane Silva de Medeiros, condenou cinco dos nove acusados de serem os responsáveis pela morte do PM Afonso Camacho. No total, as penas somadas ultrapassam os 100 anos.

No decorrer do processo, dois acusados faleceram – Pedro Amorim de Oliveira e Kelvin Gamenha Peixoto. Com isso, a magistrada concluiu o processo com a condenação dos réus Marcelo Augusto de Freitas Cabral Santos, Fabrícia Alves da Costa, Sérgio Silva de Sales, Rogério Santos Nogueira e Alex Sandro Santos de Castro. Carlos Thiago Teixeira da Silva e Luiz Paulo do Nascimento foram absolvidos.

Marcelo Augusto de Freitas Cabral Santos foi condenado a 21 anos de reclusão, porém, considerando a confissão espontânea e a menoridade relativa, a pena foi reduzida para 20 anos de reclusão.

Fabrícia Alves da Costa também foi condenada a 21 anos de reclusão, com redução para 20 anos, por ter confessado o crime. A mesma pena foi aplicada a Sérgio Silva de Sales, mas como houve a confissão, a pena foi reduzida para 20 anos.

Rogério Santos Nogueira foi condenado a 21 anos e três meses de reclusão, mas como o réu confessou o crime, a pena baixou para 20 anos. Alex Sandro Santos de Castro foi condenado a 20 anos de reclusão, tendo a pena reduzida para 19 anos.

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