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Uma renovação na Câmara e uma disputa pela prefeitura que foi desenhada há um ano

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Manaus encerra o primeiro turno das eleições renovando mais da metade dos vereadores da Câmara Municipal. Nomes conhecidos, agora, saem de cena para dar oportunidade a desconhecidos do grande público que irão iniciar suas histórias na política. Essa renovação é reflexo de uma tendência que se desenhou lá atrás, quando o plenário quase que silenciou quando assuntos importantes da Câmara discutir e votar vieram à cena local e nacional. A fatura chegou e, diferente da conta apresentada ao presidente dos EUA, Donald Trump, não pode ser questionada. Fica a lição de que o dito popular “O povo põe, o povo tira”, nunca foi tão bem representado como nessa eleição, diferente do que vivemos até aqui.

 

No campo majoritário a única surpresa foi a demora para entrega do resultado final aos eleitores. A instabilidade do sistema de divulgação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deixou apreensivos candidatos, cabos eleitorais e partidos políticos. Mas com 100% das urnas apuradas e reveladas, Amazonino Mendes (Podemos) e David Almeida (Avante) seguem para protagonizar talvez a disputa mais acirrada deste segundo turno no país.

 

Em 2018, quando disputaram o Governo do Amazonas, Amazonino e David receberam quase a mesma votação nominal, cada um, em comparação com a apresentada na eleição desse domingo. Amazonino teve 232.032 votos naquele pleito e, ontem, somou 234.088 votos válidos. David teve 212.334 votos em 2018 e, alcançou 218.929 votos em 2020. É uma diferença que mostra um crescimento mínimo para ambos. No entanto, é preciso levar em consideração que a abstenção recorde, 18,5%, tirou uma grande fatia do eleitorado das urnas. Agora, zera tudo, não há vantagem por um gol na casa do adversário, como nos campeonatos de futebol. Agora, no segundo turno, quem receber mais votos comandará Manaus pelos próximos quatro anos.

 

Amazonino e David têm agora o que os seus antigos adversários não tiveram nas eleições deste ano, o chamado voto cativo, que não muda, fruto de disputas eleitorais anteriores e trabalhos nas bases. Só que a vaga é apenas para um. Com tudo zerado e, com o jogo empatado, eles enfim vão protagonizar uma disputa que se desenhou em 2019, quando todas as pesquisas já os colocavam como polarizadores das eleições deste ano. O capítulo final deste embate eleitoral começa agora e tem data e hora para terminar. Dia 29 de setembro às 18h, quando as urnas se abrirem, isso se a apuração não atrasar novamente.

 

Que a semana de todos seja abençoada

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